A emocionante história da valente Malala Yusufzai
No começo do mês passado, a jovem Malala
Yusufzai, paquistanesa de 16 anos e vítima de um atentado no último ano, discursou
na ONU. O vídeo desse discurso, disponibilizado no Youtube, foi um sucesso! Foi visualizado milhares de vezes! Diversas
montagens em homenagem a ela foram compartilhadas, também, nas redes sociais. O
ponto alto do seu pronunciamento foi quando ela afirmou que “uma criança, um
professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”.
Malala
ficou conhecida quando o canal inglês BBC
convidou professores da sua cidade para escreverem um blog. O convite estava
sendo feito pelo diretor da escola nesta época, Ziauddin Yousafzai, pai de
Malala. Todos, com medo, recusaram o convite. Entretanto, sua corajosa filha o
aceitou e iniciou o trabalho, quando tinha somente 11 anos, protegida por um
falso pseudômino. Escrevia sobre as dificuldades provocadas pela violência no
Afeganistão, principalmente, aquela provocada pelo Talibã que havia proibido às mulheres o acesso à escola, à música e
à cultura. Logo em seguida, foi produzido o documentário Class Dismissed pelo The New
York Times mostrando a escola de Malala sendo fechada por ordem dos
integrantes do movimento islâmico. Com esse ato ficou claro que o trabalho de
Malala havia sido detectado e ela tinha sido descoberta. A partir daí, ela recebeu
ordens expressas para parar suas atividades. Como essas ordens não foram
acatadas por ela, recebeu inúmeras ameaças até ser alvejada a tiros, dos quais
um em sua cabeça, num atentado do Talibã em
outubro de 2012. Urgentemente foi levada ao hospital do seu país e depois
transferida para a Inglaterra, país com melhores recursos médicos. Passou por
cuidados extremos no Hospital Queen
Elizabeth, lutando bravamente por sua sobrevivência com sucesso! Recuperada,
Malala agora está estudando na cidade inglesa de Birmingham e ainda sendo
ameaçada. Sua história está sendo contada no livro a ser publicado no próximo
semestre “Eu sou Malala”, da Editora Weidenfeld & Nicholson. A jovem também
foi uma das indicadas ao Prêmio Nobel da Paz deste ano.
No
Brasil, também, possuímos uma heroína, a aluna Isadora Faber de Florianópolis, citada
pelo Financial Times como sendo um
dos 25 brasileiros de maior destaque. Ela criou a página “Diário de Classe” no
Facebook para denunciar as péssimas condições de infraestrutura e de ensino da
escola pública em que estuda. Por isso, sua casa foi apedrejada e chegou a
sofrer ameaças de morte, inclusive!
Segundo
dados da ONU, mais de 60 milhões de crianças do nosso planeta, na maioria
mulheres, não estudam. No entanto, são exemplos como o desta jovem afegã e,
também, da nossa brasileirinha que nos fazem continuar sonhando com um mundo
mais justo, embasado numa educação de qualidade, que valorize a cultura de
todos os povos com conhecimento!
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