Friday, October 25, 2013

A emocionante história da valente Malala Yusufzai



No começo do mês passado, a jovem Malala Yusufzai, paquistanesa de 16 anos e vítima de um atentado no último ano, discursou na ONU. O vídeo desse discurso, disponibilizado no Youtube, foi um sucesso! Foi visualizado milhares de vezes! Diversas montagens em homenagem a ela foram compartilhadas, também, nas redes sociais. O ponto alto do seu pronunciamento foi quando ela afirmou que “uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo”.
            Malala ficou conhecida quando o canal inglês BBC convidou professores da sua cidade para escreverem um blog. O convite estava sendo feito pelo diretor da escola nesta época, Ziauddin Yousafzai, pai de Malala. Todos, com medo, recusaram o convite. Entretanto, sua corajosa filha o aceitou e iniciou o trabalho, quando tinha somente 11 anos, protegida por um falso pseudômino. Escrevia sobre as dificuldades provocadas pela violência no Afeganistão, principalmente, aquela provocada pelo Talibã que havia proibido às mulheres o acesso à escola, à música e à cultura. Logo em seguida, foi produzido o documentário Class Dismissed pelo The New York Times mostrando a escola de Malala sendo fechada por ordem dos integrantes do movimento islâmico. Com esse ato ficou claro que o trabalho de Malala havia sido detectado e ela tinha sido descoberta. A partir daí, ela recebeu ordens expressas para parar suas atividades. Como essas ordens não foram acatadas por ela, recebeu inúmeras ameaças até ser alvejada a tiros, dos quais um em sua cabeça, num atentado do Talibã em outubro de 2012. Urgentemente foi levada ao hospital do seu país e depois transferida para a Inglaterra, país com melhores recursos médicos. Passou por cuidados extremos no Hospital Queen Elizabeth, lutando bravamente por sua sobrevivência com sucesso! Recuperada, Malala agora está estudando na cidade inglesa de Birmingham e ainda sendo ameaçada. Sua história está sendo contada no livro a ser publicado no próximo semestre “Eu sou Malala”, da Editora Weidenfeld & Nicholson. A jovem também foi uma das indicadas ao Prêmio Nobel da Paz deste ano.
            No Brasil, também, possuímos uma heroína, a aluna Isadora Faber de Florianópolis, citada pelo Financial Times como sendo um dos 25 brasileiros de maior destaque. Ela criou a página “Diário de Classe” no Facebook para denunciar as péssimas condições de infraestrutura e de ensino da escola pública em que estuda. Por isso, sua casa foi apedrejada e chegou a sofrer ameaças de morte, inclusive!
            Segundo dados da ONU, mais de 60 milhões de crianças do nosso planeta, na maioria mulheres, não estudam. No entanto, são exemplos como o desta jovem afegã e, também, da nossa brasileirinha que nos fazem continuar sonhando com um mundo mais justo, embasado numa educação de qualidade, que valorize a cultura de todos os povos com conhecimento!

0 Comments:

Post a Comment

<< Home