O poder do Soft Power
Em primeiro
lugar, o que é Soft Power? É um termo criado em 2004, pelo Professor Joseph Nye
da Universidade de Harvard, para designar a habilidade que um corpo político,
como um Estado, tem de influenciar indiretamente o comportamento ou o interesse
de outros corpos políticos por meios
culturais ou ideológicos.
Sendo assim, concluímos facilmente
que os Estados Unidos é o líder mundial nessa habilidade, pois sua cultura
influencia o modo de vida das pessoas na maioria dos outros países. Na
gastronomia, a maior parte da população mundial saboreia a Coca-Cola, o Starbucks e um McDonald’s. A literatura com os
livros do fantástico Ernest Hemingway, o cinema e a televisão com os filmes, os
seriados e os talkshows, a música com
seus criadores arrastam multidões mundo afora. Suas empresas de tecnologia como
Apple, Microsoft, Facebook, Skype, Twitter e outras, até líderes de inovação
como 3M e General Eletric, facilitam
nossos dias. Ainda, influencia o mundo da moda, das indústrias automobilística
e farmacêutica e, principalmente, influencia o nível da educação, pois possui
as melhores universidades do mundo em todas as áreas, seja na engenharia,
médica ou dos negócios. Assim, o modo como as pessoas de todo o mundo se
relacionam é influenciado pela cultura e ideologia dos Estados Unidos! Fato
normal!
Em segundo lugar, qual é o problema?
O problema surge após uma denúncia de espionagem feita pelo governo americano
em alguns países, no Brasil , inclusive. Diversas nações ficaram indignadas com essa atitude. Como bem
dito pela GloboNews: “todos os países fazem isto, mas o que irrita é que os
Estados Unidos fazem melhor que os outros”, entre estes a China, Alemanha,
Israel, Rússia e Inglaterra. E, a prática da espionagem é muito conhecida,
principalmente na iniciativa privada. A empresa Apple tem como maior rótulo,
após a palavra “inovação”, a palavra “segurança”, pois até mesmo em Cupertino,
em sua sede, somente quem trabalha em determinados projetos conhece o trabalho
executado. Não precisamos ir muito longe
para constatar essa prática. Aqui em Belo Horizonte, sempre nos deparamos com carros da montadora italiana FIAT
totalmente desfigurados, atitude estratégica para enganar possíveis
concorrentes!
Sendo assim, não sejamos hipócritas
ou ingênuos ao julgar os Estados Unidos pela infeliz atitude. O que devemos
fazer é melhorar nosso sistema de segurança e o nosso comportamento político,
principalmente, quando elogiamos e relacionamos com ditaduras. Segundo um
artigo da Revista Forbes, sobre a espionagem
da Petrobrás, esta é uma “inchada
estatal mastodôntica reportadamente dominada por corrupção”. Diga-se de
passagem, muito bem dito, pois essa informação não é nenhuma novidade, nem
mesmo para nós brasileiros!
Logo, o incômodo poderia ser acalmado
com um grande favor do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que trabalhava para o jornal “The Guardian”, fazendo, além da revelar a espionagem dos
Estados Unidos, a divulgação do teor das descobertas feitas pela NSA – National Security Agency, principalmente
no campo político, independente de partido. Nós brasileiros ficaríamos muitos
felizes!