Friday, October 25, 2013

O poder do Soft Power

Em primeiro lugar, o que é Soft Power? É um termo criado em 2004, pelo Professor Joseph Nye da Universidade de Harvard, para designar a habilidade que um corpo político, como um Estado, tem de influenciar indiretamente o comportamento ou o interesse de outros corpos políticos por  meios culturais ou ideológicos.
            Sendo assim, concluímos facilmente que os Estados Unidos é o líder mundial nessa habilidade, pois sua cultura influencia o modo de vida das pessoas na maioria dos outros países. Na gastronomia, a maior parte da população mundial saboreia a Coca-Cola, o  Starbucks e um McDonald’s. A literatura com os livros do fantástico Ernest Hemingway, o cinema e a televisão com os filmes, os seriados e os talkshows, a música com seus criadores arrastam multidões mundo afora. Suas empresas de tecnologia como Apple, Microsoft, Facebook, Skype, Twitter e outras, até líderes de inovação como 3M e General Eletric,  facilitam nossos dias. Ainda, influencia o mundo da moda, das indústrias automobilística e farmacêutica e, principalmente, influencia o nível da educação, pois possui as melhores universidades do mundo em todas as áreas, seja na engenharia, médica ou dos negócios. Assim, o modo como as pessoas de todo o mundo se relacionam é influenciado pela cultura e ideologia dos Estados Unidos! Fato normal!
            Em segundo lugar, qual é o problema? O problema surge após uma denúncia de espionagem feita pelo governo americano em alguns países, no Brasil , inclusive. Diversas nações  ficaram indignadas com essa atitude. Como bem dito pela GloboNews: “todos os países fazem isto, mas o que irrita é que os Estados Unidos fazem melhor que os outros”, entre estes a China, Alemanha, Israel, Rússia e Inglaterra. E, a prática da espionagem é muito conhecida, principalmente na iniciativa privada. A empresa Apple tem como maior rótulo, após a palavra “inovação”, a palavra “segurança”, pois até mesmo em Cupertino, em sua sede, somente quem trabalha em determinados projetos conhece o trabalho executado. Não precisamos ir  muito longe para constatar essa prática. Aqui em Belo Horizonte, sempre nos deparamos  com carros da montadora italiana FIAT totalmente desfigurados,  atitude  estratégica para enganar possíveis concorrentes!
            Sendo assim, não sejamos hipócritas ou ingênuos ao julgar os Estados Unidos pela infeliz atitude. O que devemos fazer é melhorar nosso sistema de segurança e o nosso comportamento político, principalmente, quando elogiamos e relacionamos com ditaduras. Segundo um artigo da Revista Forbes, sobre a espionagem da Petrobrás,  esta é uma “inchada estatal mastodôntica reportadamente dominada por corrupção”. Diga-se de passagem, muito bem dito, pois essa informação não é nenhuma novidade, nem mesmo para nós brasileiros!
            Logo, o incômodo poderia ser acalmado com um grande favor do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, que  trabalhava para o jornal “The Guardian”,  fazendo, além da revelar a espionagem dos Estados Unidos, a divulgação do teor das descobertas feitas pela NSA – National Security Agency, principalmente no campo político, independente de partido. Nós brasileiros ficaríamos muitos felizes!

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