DESEMBARGADOR PEDRO BERNARDES: Exemplo de Leitura
Na
minha coluna deste mês quero contar-lhes a história do Desembargador Pedro
Bernardes que atualmente leciona na Faculdade de Sabará. Ele foi o conferencista
da última Aula Magna da respeitada Faculdade de Sabará e contou aos presentes
sua história utilizando-se do tema “Princípios Motivadores da Carreira”.
Conheci o Prof. Pedro Bernardes na minha sala da
administração dessa faculdade, quando iniciamos uma salutar amizade conversando
sobre nossos alunos e sobre intercâmbio internacional. Antes disso, já tinha
conversado sobre ele com meu amigo, o Dr. Fernando Gontijo, um dos melhores se
não o melhor Advogado da área de família do nosso Estado, que rasgou elogios ao
Desembargador dizendo que nossos alunos e a Faculdade estavam com um dos
melhores professores do país em seu quadro docente. Ao contar isso para o
Desembargador, ele devolveu o reconhecimento ao Dr. Fernando Gontijo exaltando
seu pai, o falecido Dr. Segismundo Gontijo e sua irmã Dra. Juliana Gontijo.
Dr. Pedro é o tipo do brasileiro
do qual nos tornamos fãs como somos de Ayrton Senna, Antônio Ermírio de Moraes,
Roger Agnelli, Juscelino Kubitschek e Oscar Niemeyer. Ele é um desses que
balizaram sua vida em muito estudo, em trabalho árduo e simplicidade, elevando
o povo brasileiro em todo o mundo.
Pois bem! Ele iniciou sua palestra contando que sua
família, em São Gonçalo ,
era muito pobre e até aos 14 anos nunca tinha usado um calçado e que não
existia televisão em sua residência. Segundo ele, não se sabe como, mas um dia apareceu
em sua casa um livro com o título Pinóquio,
escrito pelo italiano Carlo
Lorenzini e que esse livro foi responsável por fazê-lo quem ele é hoje. Disse
ele, que tal livro contava a história de um personagem chamado Pinóquio que
havia mudado para um lugar onde não precisava estudar. Porém, suas mãos e
pernas viraram patas e cresceram nele um rabo e um focinho, tornando-se um
“burrinho”.
Dr. Pedro contou que chegou
a largar os estudos na 8ª série para trabalhar, mas lembrando-se da história de
Pinóquio retornou a eles lutando contra todas as dificuldades. Disse que certa vez foi convidado, por uma Professora,
para ir ao cinema, mas recusou dizendo não gostar. Ela o questionou perguntado
se ele já tinha ido ao cinema alguma vez e ele disse que não. Mas... Quando foi,
acabou tendo um grande problema, pois se apaixonou pelo cinema e não queria
mais deixar de freqüentar o local. Mudou-se para Belo Horizonte e foi morar no
bairro Floresta, trabalhando como mecanógrafo e dividindo um quarto de pensão
com porteiros, pessoas simples que ele adorava. Passou no vestibular da
Faculdade Milton Campos e tornou-se o 1º Desembargador da História dessa
Faculdade. Como tinha que pagar a mensalidade e quase não tinha dinheiro,
chegou a pesar 49 quilos por passar fome! Contou que na sua cidade havia pegado
o hábito de ler andando. Por isso, em Belo Horizonte , quase foi atropelado por duas
vezes. Só assim deixou de ler andando! Além de contar sua história, explicou o
significado de sorte, dizendo acreditar nela somente como um encontro de
oportunidade com o estar preparado no exato momento que esta aparece. Sobre o
fracasso, explicou que apesar de não ser bom, deve ser aprendido, citando o
caso de Thomas Edson na invenção da lâmpada. Destacou, também, a importância de
se ter pensamento positivo sempre e de se estabelecer metas - algo que eu venho
fazendo a cada réveillon - para serem cumpridas. Explicou a importância de
aprender a teoria, algo relegado por muitos em obediência à ênfase na prática.
Finalizou destacando a importância de se ter fé em Deus!
No entanto, a lição que Dr.
Pedro nos dá é a de que devemos ler, ler e ler, o tempo todo! Infelizmente esse
hábito é pouco praticado pelo povo brasileiro que ocupa uma das últimas
colocações no ranking da Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico quando destaca que, em média, o
brasileiro lê menos de dois livros por ano e nossos vizinhos argentinos lêem em
média seis! Nas primeiras colocações estão Xangai, Finlândia, Hong Kong, Canadá
e Japão. Isso explica suas excelentes condições sociais, econômicas, culturais
e financeiras! Então cabe aos pais, em nossa infância, desenvolver o hábito de
leitura, como minha Nonna que “me
obrigava” a ler, dizendo que eu só poderia jogar bola quando acabassem os
deveres e as leituras. Cabe, também, aos professores, motivar o agradável
hábito que abre as mentes para coisas jamais imaginadas, além de desenvolver a
capacidade de crítica sobre notícias e fatos diários e a compreensão das
teorias já postas. Vale divulgar que o colunista deste jornal, Rodrigo Lima,
que é nosso Professor atualmente, está implantando o “Clube do Livro” na Faculdade.
Além disso, a leitura proporciona, incontestavelmente,
melhor desempenho profissional, maior reconhecimento e melhores posições no
mercado de trabalho. Obviamente, cada um deve ajudar os pais e os professores
mostrando interesse e mantendo o agradável hábito de ler por toda a vida!
Sendo assim, minha dica pro primeiro livro: BENETTON. A
família, a empresa e a marca, um dos
melhores que tive a oportunidade de ler! Um abraço e boa leitura.